Indústria do cimento
O cimento é crucial para uma sociedade sustentável, mas representa desafios significativos ao nível das emissões de CO2. A carga elevada de energia usada na calcinação e as emissões das reações químicas precisam de soluções. A utilização de eletrificação parcial e de combustíveis derivados de resíduos podem ajudar a diminuir as emissões. A substituição dos combustíveis fósseis por biometano e hidrogénio verde oferece opções de baixo carbono.
As tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCU/CCS) são cruciais, juntamente com o hidrogénio verde a ajudar na reciclagem do CO2 capturado.
O que pode a indústria fazer?
Ao adotar estas práticas, a indústria do cimento pode reduzir significativamente a sua pegada carbónica e contribuir para os esforços globais de sustentabilidade.
O desafio
O cimento desempenha um papel central na infraestrutura e desenvolvimento de edifícios em todo o mundo. A sua versatilidade e força tornam-no amplamente procurado, mas a indústria do cimento enfrenta desafios significativos relativamente à sustentabilidade, especialmente devido às suas elevadas emissões de dióxido de carbono. À medida que a procura global de cimento aumenta, a indústria precisa de reduzir o seu impacte ambiental, procurando, por isso, inovar nos processos de produção, otimizar as matérias-primas e diminuir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa.
Eletrificação parcial
Para mitigar as emissões de CO2 na produção de cimento, é necessário intervir em duas fontes primárias. A primeira é a energia usada no processo de calcinação, que requer temperaturas elevadas. A eletrificação parcial, nomeadamente através da utilização de moinhos elétricos e da melhoria da eficiência energética, pode ajudar. Em segundo lugar, deveríamos usar combustíveis derivados de resíduos (RDFs) para reduzir o uso de combustíveis fósseis. A transição para o biometano e para o hidrogénio verde, que são renováveis e têm um baixo teor em carbono, pode também reduzir significativamente a pegada carbónica.
Hidrogénio verde, a chave essencial
A segunda fonte primária das emissões de CO₂ na produção de cimento é a reação química ocorrida durante o processo de calcinação. Precisamos de tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCU/CCS) para resolver esta questão. Estas tecnologias podem capturar as emissões de CO₂ provenientes da produção e evitar que sejam libertadas para a atmosfera. O hidrogénio verde, produzido a partir de energia renovável, é decisivo para as CCU, uma vez que reage com o CO₂ capturado para criar produtos valiosos, como combustíveis sintéticos e químicos, proporcionando uma forma sustentável de reciclar as emissões.
Uma indústria de cimento sustentável
Outra forma eficaz de tornar o cimento mais sustentável e com baixas emissões de carbono é através da utilização de materiais alternativos e de novos métodos de produção. Materiais como cinzas volantes, escórias e pozolanas naturais podem substituir parte do clínquer no cimento, reduzindo significativamente as emissões de dióxido de carbono. Inovações como o cimento de baixo carbono, que utiliza matérias-primas e processos a baixas temperaturas, são igualmente fundamentais para reduzir a pegada carbónica da indústria. Estas estratégias, juntamente com o uso de biometano e hidrogénio verde, contribuem para a criação de uma indústria de cimento mais sustentável.
Soluções
Ao comprometer-se com estas práticas sustentáveis e integrando tecnologias inovadoras, a indústria do cimento pode mitigar significativamente o seu impacte ambiental.
É imperativo adotar medidas para reduzir o elevado consumo de energia e as emissões de CO₂. A utilização de combustíveis alternativos, a captura de carbono e o desenvolvimento de materiais baixos em carbono pode ajudar a indústria a apoiar o desenvolvimento social e, simultaneamente, proteger o planeta.